Quem tem dor no quadril pode fazer academia?

Quem tem dor no quadril pode fazer academia?

A dor no quadril é uma queixa frequente entre pessoas que praticam atividade física. Muitas vezes, o desconforto aparece aos poucos — após os treinos de perna, corrida ou musculação — e levanta a dúvida: quem sente dor no quadril pode continuar treinando?
A resposta depende da causa da dor e da intensidade dos sintomas. Em muitos casos, é possível e até recomendado manter os exercícios, desde que com acompanhamento médico adequado.

Por que o quadril dói?

O quadril é uma articulação profunda e complexa, formada por ossos, cartilagens, músculos e tendões. Ele suporta o peso do corpo e é essencial para praticamente todos os movimentos.
Por isso, pequenos desequilíbrios ou sobrecargas podem gerar dor e inflamação.

As causas mais comuns de dor no quadril em quem faz academia incluem:

• Tendinite ou bursite do quadril – inflamações provocadas por esforço repetitivo ou má execução de exercícios.
• Síndrome do impacto femoroacetabular – alteração na forma dos ossos que causa atrito durante os movimentos.
• Lesão do labrum acetabular – estrutura que estabiliza o quadril e pode se romper em movimentos bruscos.
• Desalinhamentos posturais e desequilíbrio muscular, especialmente entre quadríceps e glúteos.
• Artrose de quadril – mais comum em pessoas acima dos 50 anos, pode ser agravada por exercícios de impacto.



Quando a dor no quadril exige pausa nos treinos

Nem toda dor significa que o treino deve ser interrompido, mas há sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação médica:

• Dor que aumenta durante ou após o treino;
• Dificuldade para agachar, correr ou subir escadas;
• Dor que irradia para a virilha ou nádega;
• Travamentos, estalos ou rigidez articular;
• Dor que não melhora após alguns dias de descanso.

Nessas situações, o ideal é procurar um ortopedista especialista em quadril para identificar a causa do problema antes de continuar treinando.

Exercícios que podem ajudar (e os que devem ser evitados)

Após avaliação médica, muitos pacientes podem continuar praticando exercícios — com ajustes.
O fortalecimento muscular é, inclusive, uma parte importante do tratamento da dor no quadril.

Exercícios geralmente benéficos (sob orientação profissional):

• Alongamentos suaves para glúteos, ísquios e quadríceps;
• Fortalecimento de glúteo médio e abdutores;
• Treinos com elástico ou peso corporal;
• Bicicleta ergométrica leve e hidroginástica, em alguns casos.

Exercícios que devem ser evitados temporariamente:

• Agachamentos profundos sem supervisão;
• Corridas de longa distância;
• Leg press com carga excessiva;
• Exercícios de impacto ou que causem dor durante a execução.

O segredo está em manter o movimento com segurança, sem sobrecarregar a articulação inflamada.

A importância da avaliação com o ortopedista de quadril

Antes de adaptar o treino, é essencial entender a causa da dor.
O ortopedista especialista em quadril realiza o diagnóstico por meio de exame físico detalhado e, se necessário, exames de imagem como radiografia ou ressonância magnética.

Com base nisso, ele orienta o paciente e o educador físico sobre quais exercícios são seguros, além de indicar tratamentos complementares, como fisioterapia ou fortalecimento direcionado.

Movimento é saúde — mas com consciência

Interromper totalmente as atividades físicas pode causar perda de massa muscular e piora do quadro de dor.
Por outro lado, insistir em treinos intensos sem orientação pode agravar lesões e atrasar a recuperação.
O ideal é buscar equilíbrio: cuidar do quadril sem abrir mão do movimento.

🏥 Atendimento especializado em Campinas e região

Em Campinas e região, o Dr. Thiago Augusto, ortopedista e traumatologista especializado em Cirurgia do Quadril, realiza avaliação completa para identificar a causa da dor e orientar o retorno seguro à academia.
Cada caso é analisado de forma individual, garantindo um tratamento personalizado e o retorno gradual às atividades.

✅ Conclusão

Quem tem dor no quadril pode fazer academia, desde que a causa da dor seja identificada e o treino adaptado.
Com acompanhamento médico e orientação adequada, é possível fortalecer a articulação, reduzir a dor e manter a qualidade de vida.